segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vítimas- agressoras

Podemos dividir os participantes do Bullying em quatro pequenos grupos: agressores, vítimas, espectadores e vítimas - agressoras.

As vítimas-agressoras são aquelas que foram vitimizadas pelo bullying e passam a ser agressoras de outras pessoas. Aprenderam o comportamentoe, por algum motivo passaram a reproduzir o comportamento e atacar outras pessoas. Nesse contexto o trote universitário, onde alunos do 4º ano agridem os "calouros" de forma sistemática ao longo dos anos é um caso típico de bullying. Isso também ocorre, infelizmente, em instituições militares do mundo todo onde militares menos graduados são vítimas de superiores durante cursos de formação.
São aqueles vitimizados e acabam reproduzindo os maus tratos sofridos. Integram-se a grupos para hostilizar seu agressor ou elegem uma outra vítima como "bodes expiatórios". Adotam as atitudes de intimidação das quais foram vítimas ou apoiam explicitamente os que assim procedem. Em casos extremos, são aqueles que se munem de armas e explosivos e vão até á escola em busca de justiça. Matam e ferem o maior número possível de pessoas e dão fim à própria existência.

Fonte: Bullying - O que você precisa saber. Autor: Lélio Braga Calhau. Editora Impetus.

Espectadores Passivos

Podemos dividir os participantes do Bullying em quatro pequenos grupos: agressores, vítimas, espectadores e vítimas - agressoras.
 
O maior grupo é o dos espectadores passivos ou testemunhas silenciosas. Esse grupo é formado por pessoas que ao mesmo tempo são, de uma certa forma, vítimas e testemunhas dos fatos. A grande maioria não concorda com as agressões, mas prefere ficar em silêncio, pois tem medo que os agressores, em caso de saída em defesa das vítimas, as elejam também para esses ataques.
As testemunhas, em geral, não denunciam os fatos para seus pais e professores, no ambiente escolar, e supervisores, quando no ambiente de trabalho, pois a pecha de "dedo duro" é terrível. As crianças têm muito mais medo ainda e não "entregam" os colegas, mesmo não concordando com o bullying. O medo de ser eleita também é um dos principais motivos para isso. Algumas comentam o assunto em casa com os pais, mas muitas preferem ficar em silêncio, pois sabem que, se falarem, os pais poderão ir à escola e os colegas vão ficar sabendo.
 
 
Fonte: Bullying - O que você precisa saber. Autor: Lélio Braga Calhau. Editora Impetus.

Vítimas

Podemos dividir os participantes do Bullying em quatro pequenos grupos: agressores, vítimas, espectadores e vítimas - agressoras.
 
A vítimas são eleitas. Elas não precisam fazer nada para serem escolhidas. Os agressores simplesmente as elegem no meio de um grupo para serem alvos de seus ataques. Essas agressões, então, não têm um motivo especial, uma origem. A maioria dos alvos no bullying são aqueles alunos considerados pela turma como diferentes ou esquisitos. São timídos, retraídos, passivos, submissos, ansiosos, temerosos, com dificuldades de defesa, de expressão e de relacionamento. Além desses, as diferenças de raça, religião, opção sexual, desenvolvimento acadêmico, sotaque, maneira de ser e de se vestir parecem perfilar o retrato das vítimas. Os alunos, profissionais, colegas de grupo de jovens que se destacam no seu meio também são corriqueiramente eleitos para serem vítimas de bullying.
Além disso, pode-se acrescentar outro perfil: o novato. São pessoas que são transferidas de outras escolas, cidades e empresas e que, pela própria situação de ser novo no ambiente ficam muito fragilizados em situações de bullying.
 
Fonte: Bullying - O que você precisa saber. Autor: Lélio Braga Calhau. Editora Impetus.

Agressores

Podemos dividir os participantes do Bullying em quatro pequenos grupos: agressores, vítimas, espectadores e vítimas - agressoras.

Os agressores, ou bullies, são pessoas que gostam de poder e de controle, são aqueles que vitimizam os mais fracos. O agressor, de ambos os sexos, costuma ser um indíviduo que manifesta pouca empatia. Frequentemente , é membro de família desestruturada, em que há pouco ou nenhum relacionamento afetivo. Os pais ou responsáveis exercem supervisão deficitária e oferecem comportamentos agressivos ou violentos como modelos para solucionar conflitos. O agressor normalmente se apresenta mais forte que seus companheiros de classe e que suas vítimas em particular; pode ter a mesma idade ou ser um pouco mais velho que suas vítimas; pode ser fisicamente superior nas brincadeiras, nos esportes e nas brigas, sobretudo no caso de meninos. É mau-caráter, impulsivo, irrita-se facilmente e tem baixa resistência às frustrações. Custa a adaptar-se às normas; não aceita ser contrariado, não tolera os atrasos e pode tentar beneficiar-se de artimanhas na hora das avaliações. É considerado malvado, duro e mostra pouca simpatia para com suas vítimas. Adota condutas antissociais, incluindo o roubo, o vandalismo e o uso do álcool, além de se sentir atraído pelas más companhias.

Fonte: Bullying - O que você precisa saber. Autor: Lélio Braga Calhau. Editora Impetus.